
por Clarice Casado
Ao Márcio,
alimento dos meus poemas de amor.
Deixas-me falar uma vida inteira
e nem de perto eu diria tudo
o que há de mim para ti –
Basta sussurrar.
Sabes meu preço:
é apenas o que me dê
acertos e noites bem dormidas.
De todas as histórias que ouvi
reinam absolutas e magníficas
as dos teus anjos protetores:
nem a ti mesmo pertences.
O que me move é o teu mundo –
Exato.
Das andanças de ontem
traz-me apenas o infinito.
Me bastas.
Vejo-te nos frutos,
reflexos de nós dois.
Vejo-te presente,
constante.
Vejo-te sempre aqui,
ao meu lado.
Do contrário,
apenas o vazio.