
por Clarice Casado
Confere a tua força
Ninguém mandou pensarem
que eras perfeito.
Não valem os sons
Não valem as lutas
Passa longe das noites cruas.
De todas as dúvidas
a nossa ainda reina –
absoluta.
Não te procures no vento,
que é do tempo parente.
Resume-te, apenas.
Se te permites as lembranças,
o mergulho é sem volta.
A escolha é só tua:
sempre se pode permanecer
no escuro.
Da luz, não esperes nada.
Tudo o que se acalma termina?