
por Isabel Dall’Agnol
Vejo o mar.
Cheiro a praia.
Na boca, o gosto de maragato.
Ouço vozes, gargalhadas.
Posso sentir a mão de vocês.
Já estou de olhos fechados.
Meus sentidos me carregaram para o passado.
Confortam meu coração, minha alma.
Então, abro os olhos.
Meus sentidos me enganaram.
É fácil.
Mas basta abrir os olhos que, junto com os meus sentidos, tudo se vai.
Mais nada faz sentido.