
por Isabel Dall’Agnol
Um tumulto se fixa à minha cabeça.
Ideias atormentadas se prendem
em cada pedaço do meu cérebro.
Meus músculos doem.
Não há nada mais além da escuridão.
Impossível enxergar qualquer claridade
em meio ao caos, que inunda o meu corpo pesado.
Sensação inútil, que me prende a ti.
Meus pés descalços permanecem grudados ao chão.
Meu esqueleto imundo está estacionado em vão.
Estamos abraçados, porque somos covardes.
De todos os vilões do homem,
preguei-me ao pior.
Estou amarrada ao medo.
No unimos em um pacto rigoroso.
E não há prazo para o seu fim.