
por Isabel Dall’Agnol
As espumas, que pintam teu céu,
fazem do teu verde arte.
É nas tuas estradas que descanso a alma.
É nas tuas estradas que escrevo para ti.
Tua gente simpática me encanta.
Escondem-se na chuva, mas sempre exibem
o seu mate para o sol.
E, em cada sorriso, carregam uma história.
Em Montevideo, voo como um pássaro.
Gosto de passear por aquelas ruas e
de assistir ao pôr do sol na Rambla.
Vago lento no tempo…
O Centro e a Ciudad Vieja arrastam-me para o passado.
Mulheres abrem as janelas compridas das casas antigas,
enquanto homens e carruagens deslizam
pelas margens do Teatro Solis.
Perdi o fôlego ao me deitar em tuas dunas.
Perdi a hora na tua Laguna Negra.
Perdi o medo nas tuas praias.
Amo Cabo Polonio, do mesmo jeito que venero
a Colonia Del Sacramento.
Subir naqueles faróis foi como subir aos céus.
Não existem palavras para descrever o que encontrei lá.
Tua paisagem me confunde.
Sinto-me em casa.
Quero viver, para te ver mais uma vez.
Te quiero, Uruguay.