
por Isabel Dall’Agnol
Se o fogo,
que queima meus pés,
aquecesse meu coração…
Se o fogo,
que estala na madeira,
rompesse meu corpo…
Se o fogo,
que invade a lareira,
penetrasse em minha alma…
Talvez minha mente não estivesse corroendo
todos os ossos do meu esqueleto.
Porque, assim como o fogo faz da madeira,
faço de mim cinzas.
Um borralho, que perturba o ambiente
em que se queda.