
por Clarice Casado
Nas vezes em que
não me vejo em mim,
me assusto à toa,
piso em ovos,
falo baixinho,
com medo de despertar ainda mais
aquela desconhecida.
Derramo lágrimas estranhas
e dou risadas desconexas.
Não quero perturbar-me:
pode ser que eu me arrependa.
Afinal, a outra que mora em mim
pode não ser tão boazinha assim.