
por Isabel Dall’Agnol
Tenho todas as estrelas
na minha frente.
E uma noite inteira.
As luzes, no fim
da terra seca,
me fascinam.
Perco-me na
imensidão desse
vale, que me
crava o medo.
Minha alma corre
pelas rochas.
Sinto-me livre.
Minha mente
está desocupada.
Sinto-me leve.
Quero lançar-me
do penhasco.
Esconder-me
entre as pedras.
Desaparecer
no rochedo.
Quero que teu
universo místico
me sugue.
Porque não suporto
a ideia de voltar.