
por Clarice Casado
Ao Vito, que me presenteou com este título.
“He’s a real nowhere man
Sitting in his nowhere land
Making all his nowhere plans for nobody
Doesn’t have a point of view
Knows not where he’s going to
Isn’t he a bit like you and me?”
(“Nowhere Man”, The Beatles)
Olha os passantes,
indo em direção ao nada,
sempre correndo para lugar nenhum.
Carregando consigo seu passado, presente e futuro.
Histórias, memórias e lutas.
Angústias e medos.
Passos firmes, porém não seguros.
Gente que se empurra na multidão.
Gente que não se olha no olho.
Gente que sonha sozinha.
Gente que narra fatos pra si mesma.
Gente que carrega, sim,
um poema em cada pé.