
por Isabel Dall’Agnol
Já te esqueceram.
E não que te neguem.
Tua presença é mero acaso,
descaso.
Dentre o faz, por tanto faz,
perdeste o que te satisfaz.
Pulas alma por alma,
enganando o espelho.
Faz tempo que te
apagaram.
Acontece que esvaziaste
a alegria.
E quem quer viver de
melancolia?
Teu encanto, jogaste
num canto.
Desataste cada laço,
até te enroscares numa forca.
Aonde vais, no final?
E o que queres,
se não requeres?
Acende a luz,
antes que a noite
te sugue.