
por Isabel Dall’Agnol
Ainda espero
tuas palavras
sufocadas.
E fantasio
com a tua cortina de dedos,
balançando nas minhas costas.
Há momentos
em que posso sentir.
É quase como
se estivesse aqui.
Desmancha
meu curso.
Parte o peito
em dois espaços.
Indago
o envelhecido.
Procuro pela sorte.
Antes eu tivesse
perdido.
Prefiro mentir
que não és
bom para mim.
E serias?
Não esqueço
de cada passo
ou de cada dia.
Ainda seguro
a magia.
Pedindo teu socorro.
Pedindo que te apague.