
por Isabel Dall’Agnol
Dos primeiros passos,
em que minhas
memórias são tuas,
quero que em ti
perpetuem.
Daqueles que sombreiam,
dos quais ergui em moldura,
espero que sigam sempre
nossos.
Daqueles que estão escondidos,
que fazem em mim segredo,
levo a herança e faço desenhos.
Daqueles que enfeitaram,
e me costuraram em pintura,
recolho e abrigo.
Daqueles que partem,
e já me desmancham o peito
em saudade,
declaro que serão sempre meus.
Daqueles que virão,
e serão tão meus quanto teus,
peço que desfrutes.
És o eterno inventor
do meu ser.