
por Marcella Marx
Acordei com o mesmo silêncio com o qual fui dormir. A escuridão da noite, persiste nessa manhã de lua. A gravidade me falta, assim como ao chão faltam meus pés. Meus pensamentos são minha âncora – o que de mais pesado possuo, o que me faz fincar. Sou pequenino corpo, concreta forma, peixe nadando no ar. Que o silêncio conserve as vozes dentro de mim enquanto minha nave cavalga de volta ao meu lar.