
Maria não acreditava na própria força. Achava que extraía sua coragem do mar. Atribuía sua audácia ao vento. Sua maleabilidade à chuva. Creditava sua resiliência ao nobre pinheiro plantado no jardim. E sua ambição reluzia constante em forma de chama quente, na pequena vela de cabeceira.
Quando alguma delas lhe faltavam, Maria culpava o mundo sem dó, nem, muito menos, piedade.