
Para Kerollainy, a menina de areia e sonhos de Paraty.
Teus pezinhos dourados,
embalados pelo ritmo fiel das ondas,
Brincando de ser peixes
(De todas as cores, tu as imaginas).
Estou inventando a tua voz
(Em meio aos teus silêncios misteriosos de menina de areia).
Em duas trancinhas cor de mel com diversão,
E olhos cheios de metáforas,
E com o teu jeitinho compenetrado de brincar sozinha, e de carregar flores pela ilha verde e úmida,
Me resumiste toda a tua essência de algodão, e o frescor de dias que virão
(Na tua vida junto ao mar).
Queria ter te sussurrado que a poesia é o que explica todas as coisas –
Porém, apenas guardei com ternura teu beijo salgado
(E inesperado).
Quando no barquinho me disseste adeus.