
por Clarice Casado
Para Vito e Angelina, que perseguirão,
para sempre, suas próprias Perseidas.
Perseidas perseguem um raro brilho –
Brilho de quem?
da lua daquela madrugada
(que nunca virá),
das coisas que nunca fará,
das palavras que nunca dirá,
dos momentos que nunca terá,
das noites em que não amará,
dos poemas que não escreverá,
das montanhas que não desenhará,
dos sonhos que nunca terá,
das lembranças que não guardará.
Lua, tu que és tão fria, derrete o gelo do meu pezinho…