
por Isabel Dall’Agnol
Uma parte ficou para trás.
E, ainda que eu lute, relute,
aperto e desperto com falta.
Independe de mim.
E, dependendo da melodia,
balança o compasso
e me perco no espaço.
E de que adianta…
Quando nada
de mim
se arranca?
E de que adianta…
Se todo o encanto
agora espanta?
Utopia.
Fantasia.
Invenção.
Inversão…?
Desatei
em ironia.
Sussurrei
em agonia.
Se não passou
de trapaça,
por que ainda
ameaça?
Teu silêncio confirma
o que minha mente
afirma.
Não passas
de armadilha,
amontoada em
uma pilha.