Quadrinhos

PocCon: uma feira de HQs com todas as cores

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Criada pelos quadrinistas Mário César e Rafael Bastos, a PocCon é a primeira feira LGBTQ+ de quadrinhos e artes gráficas. O evento reuniu vários nomes da produção nacional, mesclando uma imensa diversidade de artistas de diferentes gêneros, raças e sexos.

Realizada no mesmo fim-de-semana da parada do orgulho LGBTQ+ de São Paulo, a primeira edição teve uma surpreendente quantidade de interessados. A fila dobrava a esquina e seguia até se perder no horizonte. O público mesclava fãs de quadrinhos com pessoas interessadas em participar do evento pelo seu caráter político e inclusivo.

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foto: Axia Produtora.

Além da feira, realizada no espaço Osaka Naniwa-Kai, ocorreram diversos debates focados em temas de inclusão social dentro do universo dos quadrinhos. Tive a oportunidade de participar do bate-papo com a Laerte na biblioteca Viriato Corrêa, que foi repleto de histórias engraçadas e reflexões interessantes sobre a carreira da cartunista e sua jornada pessoal.

O evento foi um estrondoso sucesso e mostrou a importância da representatividade LGBTQ+ no mundo dos quadrinhos, tanto na criação das histórias quanto nas páginas das revistas.

Preparei uma lista com algumas das HQs mais bacanas da 1ª PocCon:

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Bendita Cura, de Mário César – Utilizando apenas rosa e azul para colorir a história, o cartunista narra a vida de Acácio do Nascimento, um homem que foi submetido desde criança a diversos tratamentos em busca de uma suposta cura para sua homossexualidade. Nesse primeiro volume, vivenciamos toda a dor e o sofrimento que ele passa em sua infância e adolescência tentando se adequar ao que seus pais e colegas consideram normal. Leia mais sobre a HQ aqui.

Pornolhices

Pornolhices, de Rafael Bastos – Lançadas originalmente no Instagram, as ilustrações de Pornolhices seguem as desventuras sexuais de Carlos Bastô, uma espécie de alterego do quadrinista Rafael Bastos. Em suas páginas, o desenhista procura traduzir o universo pornô gay em imagens divertidas, transformando cenas eróticas em cartoons bem-humorados.

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Cara-Unicórnio, de  Adri A. – A vida de David mudou no dia em que foi picado por um unicórnio radioativo. Transformado em uma criatura meio homem, meio quadrúpede, ele se vê na condição de assumir seu papel de herói e aprender a usar seus super-poderes. Utilizando o universo dos super-heróis como metáfora, o quadrinista narra uma história divertida sobre autodescoberta e aceitação. Leia mais sobre a HQ aqui.

Empoderadas-Capa

As Empoderadas, de Germana Viana – A HQ conta a história de um trio de mulheres que adquire superpoderes depois de uma tempestade solar na Avenida Paulista. Brincando com os clichês encontrados nas histórias de super-heróis, a narrativa mostra as dificuldades encontradas pelas mulheres em desenvolver seus poderes em uma sociedade predominantemente machista. Leia mais sobre a HQ aqui.

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Transistorizada, de Luiza Lemos – Baseada em sua história pessoal, a cartunista conta como foi se descobrir como uma mulher transexual e narra algumas das situações de preconceito que enfrenta desde então. De forma bem humorada, a ilustradora elucida várias questões da transexualidade, literalmente desenhando para quem quiser entender como ela funciona.

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Nick Duvidoso, de Will Oliveira – Em suas tirinhas, o cartunista Will Oliveira nos apresenta a Nick, um cara confuso em relação à sua sexualidade. Claramente um gay no armário, o personagem personifica várias das inseguranças que surgem na vida de quem está descobrindo sua homossexualidade.

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